DISTÂNCIA DE NÓS DOIS

Tenho vivido dias e noites de angústia,

De esperança e expectativa.

Madrugadas insones e silenciosas...

Tenho passado madrugadas mergulhado no silêncio e na solidão.

No peito, o coração bate no compasso da espera;

Espera pelo toque do celular...

Espera por ouvir sua voz ou receber uma mensagem sua...

Ouvir sua voz ou ouvir uma mensagem sua

Dizendo que está pensando em mim...

Que também está sentindo minha falta

E que já não suporta ficar longe de mim...

Que já não suporta a distância de nós dois.

Tenho vivido dias e noites...

Madrugadas que passam lentamente... silenciosas... insones;

Madrugadas perdidas no vazio da solidão.

Madrugadas que me envolvem no vazio da escuridão.

Tenho vivido... simplesmente. (sozinho)

Dias, noites, madrugadas... sozinho.

A.Barbosa

(Se copiar, não esqueça de me dar o crédito, pois este poema é de minha autoria)

Zona de Segurança do Governador do Ceará

Recentemente o governador do Ceará, Sua Excelência Sr. Cid Gomes instituiu uma "zona militar" ao redor do Palácio do Governo e de sua(?) residência com a anuência da Assembleia - diga-se de passagem que ao redor é pura ironia que faço aqui, pois o quadrilátero que envolve essa "zona" é muito maior que apenas um quarteirão. Isto nem na época da ditadura existia. Moro próximo à Escola de Aprendizes Marinheiros e minha mãe era funcionária da ativa, do Ministério da Marinha, naquela época, hoje aposentada, e quase todas as tardes eu ia ao encontro dela na saída do trabalho e lembro-me perfeitamente que, mesmo sendo aquela, uma área VERDADEIRAMENTE MILITAR, os transeuntes eram apenas solicitados a descerem da calçada e trafegarem pelo acostamento; jamais foram impedidos de trafegarem ou transitarem por lá, até mesmo porque, a exemplo da "zona" que o governador e a Assembleia estão instituindo, lá era e ainda é uma área residencial, e hoje, mais que antigamente trafega todos os tipos de carros, lembrando-nos que também à exemplo da "zona" do governador, no bairro Jacarecanga tem áreas de tráfego intenso diário, como na avenida Presidente Castelo Branco conhecida como Leste Oeste, na av. Philomeno Gomes e na rua São Paulo. Se a moda pega a prefeita vai fazer o mesmo com a aprovação da Câmara; depois se espalha pelo país como epidemia. E se os militares resolverem fazer o mesmo onde houver uma de suas unidades, seja Polícia, Exército, Marinha ou Aeronáutica? Não sairemos mais de casa. Onde está a OAB? A Comissão dos Direitos Humanos?, A Procuradoria Geral? A Constituição e o nosso direito de ir e vir? É só no papel que existem?